Dólar dispara e atingi R$ 5,9941 para venda dia 31 de maio

 

Economia - 31/05/2025 - 19:55:33

 

Dólar dispara e atingi R$ 5,9941 para venda dia 31 de maio

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / pexels / Tima Miroshnichenko

 

Dólar dispara novamente

Dólar dispara novamente

No dia 31 de maio de 2025, o dólar fechou com os seguintes valores, dependendo da fonte e da modalidade (compra/venda):

  • R$ 5,9941 (Banco Mercantil - Cotação de Venda)
  • R$ 5,8195 (Banco de Brasília - Cotação de Débito)

É importante notar que as cotações podem variar ligeiramente entre diferentes instituições financeiras e plataformas, e também entre as taxas de compra e venda.

Fatores que podem ter influenciado a cotação do dólar em maio de 2025:

O comportamento do dólar é resultado de uma complexa interação de fatores domésticos e globais. Em maio de 2025, os seguintes pontos são relevantes, de acordo com as informações disponíveis:

Cenário Econômico Brasileiro:

  • Crescimento do PIB: O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, impulsionado principalmente pela agropecuária (alta de 12,2%) e pelo setor de serviços (0,3%). Esse crescimento, especialmente o do agronegócio (que se beneficia com exportações e, consequentemente, com um dólar mais alto), pode ter gerado fluxo de moeda estrangeira.

  • Inflação: O IPCA-15 de maio mostrou um alívio generalizado nos preços ao consumidor, o que pode dar mais flexibilidade ao Banco Central em sua política monetária.
  • Política Fiscal: O mercado financeiro permanece atento às discussões sobre o IOF e à condução das contas públicas, que têm sido um ponto de preocupação e volatilidade para o câmbio. A incerteza fiscal pode levar a um dólar mais valorizado.
  • Diferencial de Juros (Carry Trade): A diferença entre as taxas de juros no Brasil (Selic) e as taxas internacionais (como as do Federal Reserve nos EUA) é um fator crucial. Juros altos no Brasil tendem a atrair capital estrangeiro em busca de maior rentabilidade, o que aumenta a oferta de dólares no país e tende a depreciar a moeda americana. No entanto, é preciso que esses juros sejam sustentáveis e que haja confiança na economia.

Cenário Econômico Global:

  • Política Monetária dos EUA (FED): As decisões do Federal Reserve (FED) sobre as taxas de juros nos EUA são determinantes. Se o FED mantiver uma política monetária mais apertada (juros altos), o dólar tende a se fortalecer globalmente, incluindo contra o real. O mercado de trabalho nos EUA e a inflação por lá também são observados de perto, pois influenciam as decisões do FED.

  • Conflitos Internacionais: Conflitos geopolíticos em regiões-chave do mundo geram instabilidade e aversão ao risco, levando os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o dólar, o que pode causar sua valorização.
  • Guerras Tarifárias e Acordos Comerciais: As relações comerciais entre grandes economias, como EUA e China, com a imposição ou redução de tarifas, podem gerar choques de oferta e impactar o crescimento global e a valorização das moedas. Em maio de 2025, houve notícias de uma redução temporária das tarifas comerciais entre EUA e China e anúncios de primeiros acordos.

Em resumo, a cotação do dólar em 31 de maio de 2025 reflete o balanço entre um PIB brasileiro em crescimento (puxado pelo agro, que exporta), dados de inflação mais favoráveis no Brasil, mas também a persistência de incertezas fiscais internas e o impacto das políticas monetárias e eventos geopolíticos globais.O "dólar comercial" é a taxa de câmbio utilizada nas grandes transações financeiras e comerciais, como importações, exportações, investimentos estrangeiros e movimentações entre bancos e empresas. É a cotação de referência do mercado, e geralmente é mais barata que o dólar turismo.

Com base nos dados disponíveis e na data atual (1º de junho de 2025), a cotação do dólar comercial tem se mantido em patamares próximos a R$ 5,70 - R$ 5,72 para venda. Por exemplo, em 30 de maio de 2025, o dólar comercial fechou em R$ 5,718 (InfoMoney).

Como o dólar comercial se comporta e o que o influencia:

O dólar comercial é altamente sensível a uma série de fatores, tanto internos quanto externos ao Brasil. Suas flutuações são resultado da lei da oferta e da demanda no mercado de câmbio. Quanto mais dólares entram no país, maior a oferta e, consequentemente, menor o preço em relação ao real. O inverso acontece quando mais dólares saem.

Os principais fatores que influenciam o dólar comercial são:

  • Política Monetária (Taxa de Juros):

    • No Brasil (Taxa Selic): Juros mais altos no Brasil tendem a atrair investimentos estrangeiros para o país em busca de maior rentabilidade. Essa entrada de dólares aumenta a oferta da moeda no mercado, levando à sua desvalorização em relação ao real.
    • Nos EUA (Federal Reserve - FED): Quando o FED eleva as taxas de juros americanas, os investimentos em dólar se tornam mais atrativos globalmente. Isso pode fazer com que o capital estrangeiro saia do Brasil em busca de melhores retornos nos EUA, diminuindo a oferta de dólares no Brasil e valorizando a moeda americana frente ao real.
  • Cenário Fiscal Brasileiro: A percepção sobre a saúde das contas públicas brasileiras é crucial. Um cenário fiscal desfavorável, com aumento da dívida ou incertezas sobre a capacidade do governo de equilibrar suas contas, gera desconfiança nos investidores. Isso pode levar à saída de capital estrangeiro, pressionando o dólar para cima. Discutir medidas fiscais e o futuro do IOF são exemplos de fatores que podem gerar volatilidade.

  • Fluxo de Comércio Exterior (Balança Comercial):

    • Exportações: Quando o Brasil exporta muito, entram muitos dólares no país, o que aumenta a oferta e tende a desvalorizar o dólar.
    • Importações: Quando o Brasil importa muito, há uma maior demanda por dólares para pagar essas importações, o que tende a valorizar a moeda americana.
  • Crescimento Econômico: Um cenário de crescimento econômico robusto no Brasil tende a atrair investimentos, o que aumenta a oferta de dólares e pode levar à sua queda.

  • Cenário Político: Instabilidade política, incertezas eleitorais ou mudanças nas políticas econômicas podem gerar aversão ao risco e afastar investidores, levando à saída de dólares e valorização da moeda.

  • Eventos Globais e Geopolíticos: Crises econômicas em outros países, conflitos internacionais (como guerras), pandemias ou outros eventos de grande impacto global podem levar os investidores a buscar ativos considerados mais seguros, como o dólar, valorizando-o frente a outras moedas, incluindo o real.

Previsões para o dólar comercial em junho de 2025 e adiante:

É muito difícil fazer previsões exatas para o dólar, pois ele é influenciado por tantos fatores dinâmicos. No entanto, análises de mercado e projeções de instituições financeiras (como as do Itaú, por exemplo, que projetou o dólar em R$ 5,40 para o final de 2025 em julho de 2024) levam em conta:

  • A sustentabilidade fiscal do Brasil: Este é um ponto chave de atenção para os investidores.
  • As decisões do FED sobre as taxas de juros: Se o FED começar a cortar juros, o dólar tende a perder força globalmente.
  • O ritmo de crescimento da economia global: Um crescimento forte pode impulsionar o comércio e o fluxo de capital.
  • A volatilidade geopolítica: Conflitos podem manter o dólar como porto seguro.

Para o curto prazo (junho de 2025), o dólar comercial deve continuar reagindo diariamente a esses fatores. Qualquer notícia sobre a política fiscal brasileira, dados de inflação nos EUA ou no Brasil, e os próximos passos dos bancos centrais terão um impacto direto na sua cotação.

* Com informações de diversps Bancos

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